segunda-feira, 29 de outubro de 2007

SEMENTE DE ESPERANÇA!!!








CURUMINS DO NOSSO CAMINHO!!!






Vou expressar aqui, como educadora, como mãe e como discípulo da Natureza Divina, a minha grande alegria em ver o trabalho que vem sendo desenvolvido com os curumins que frequentam o sítio!!!
As crianças estão a cada atividade mais envolvidas, mais serenas e o melhor, estão sentindo, cada vez mais, a importancia que cada uma delas tem. As crianças da nossa irmandade, estão sempre sendo observadas, tem atenção, tem o seu espaço, tem carinho e tem as maravilhosas atividades que são passados os ensinos espirituais, de forma simples e clara!!!
Os educadores do Caminho Curumim tem o cuidado com tudo, com a palabra, tom de voz, olhares e principalmente, com a preparação das atividades, para que os ensinos sejam sempre absorvidos por nossas crianças.


Com os ensinos que vem sendo passado, fica muito mais fácil para essas crianças o entendimento do seu papel com a natureza e sociedade. E com certeza, se continuarem nesse caminho estarão bem consciente de quanto é fundamental o papel de cada um.


É através de uma educação simples, clara e objetiva que vejo a nossa "escola", o caminho dos nossos curumins crescendo... essa é a semente da esperança que floresce a cada dia mais em meu coração!!! Esses curumins são o nosso futuro!!!

Fico imensamente feliz em ver as pessoas envolvidas!!!

Quero agradecer a Bruna por seu empenho e determinação, sempre buscando o povo para focar as atividade; a Juliana, toda cheia de criatividade e criando várias das atividades para o curumins do nosso caminho; a Dafne, pois foi ela quem iniciou a ida de crianças ao sítio com seus filhos, conquistou o espaço e colocou em reunião a idéia das atividades; a Lucimara e suas plantihas, a Lili e suas abelhinas, ao Fabiano e sua música, a Laura e sua paz, o Rafael e sua câmera (que apesar das poucas fotos, eheh, xá pra lá) e ao Mestre Tiago e sua alegria, é quem orienta as nossas atividades... enfim!
Fico muito agradecida à todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com o Caminho Curumim.

São todos irmãos, que quero ainda muito compartilhar de minha caminhada e do plantar de SEMENTES DE ESPERANÇA!!!

Grande ABRAÇO!!!

Cibele Sofia


quinta-feira, 25 de outubro de 2007



"É preciso ter paciência com as lagartas

se quisermos conhecer as borboletas".

Ruth Rocha

Aula do dia 21-10-07 - Respeito ao próximo / Respeito às diferenças

Sol, céu e borboletas azuis.



Educadoras presentes: Bruna e Juliana.
Alunos: Clara, João, Karen, Letícia, Mariana, Mirella, Sandrinha.

“Entrando na floresta
Vamos curumins”

Caminhada até a Casa da reflexão.
Atividades em frente da Casa da reflexão:

Conversa inicial:

Os ensinamentos que estamos tendo no Caminho Curumim devemos guardar em uma mochila que fica em nosso coração. Esses ensinamentos serão como ferramentas para usarmos no dia-a-dia... quando precisar é só tirar a ferramenta da mochila, e pronto! Mãos à obra, com muita alegria e amor!

O que vocês guardaram na mochila do coração até agora?
Cada criança, em sua vez, usou nosso colorido bastão-que–fala para responder.

E continuamos...

“Haviam três tribos indígenas que moravam em lugares diferentes. Em uma determinada ocasião houve a necessidade de que elas passassem a viverem juntas. Como cada tribo falava uma língua diferente elas tiveram dificuldade em se entender. Uma tribo falava a língua do EPÔ; outra a língua do ETATA; e a terceira a língua do TUQUITUQUI”.

Dividimos o grupo de alunos em três tribos e cada tribo criou uma pintura corporal com urucum.

“ Como as tribos iam se entender? Cada uma falava uma língua diferente. Então tiveram uma idéia: para se comunicar as três tribos criaram juntas uma música e uma dança, assim:

EPO ETATA EPO
EPO ETATA E
EPO ETATA EPO
E TUQUITUQUI EPO
E TUQUITUQUI E”

Em círculo cantamos a música. Toda vez que falamos EPO batemos nas coxas; quando falamos ETATA cruzamos as mãos e batemos nos ombros; no TUQUITUQUI de mãos fechadas damos tapinhas na cabeça; e no E esticamos os braços e estalamos os dedos.

“Com a convivência novos modos de comunicação vão sendo criados

Nesse momento as crianças fizeram sugestões de novos movimentos. Por exemplo: na hora do EPO, ao invés de batermos nas coxas, todos juntavam as mãos na frente.

“Agora as tribos já se comunicavam, mas isso não significava que elas já tinham aprendido tudo a respeito da convivência com seus parentes das outras tribos. Os chefes das tribos começaram a observar que atrás de algumas árvores, escondidos, índios da tribo EPO se reuniam para falar que sua língua era muito mais bonita que do ETATA e do TUQUITUQUI; perceberam que índios da tribo ETATA começaram a cochichar que sua língua era muito mais bonita que a língua do EPO e do TUQUI-TUQUI, e a tribo do TUQUI-TUQUI andava dizendo por aí que sua língua era muito, muito mais bonita que a do EPO e a do ETATA. Os chefes não gostaram nada disso e resolveram procurar o pajé para pedir uma orientação

Entramos com as crianças na Casa da reflexão, imaginando que ali era a oca do pajé. Com muito respeito pedimos licença.

Apresentamos um teatro de sombras para elas, que contava a continuação da história:

“ Os chefes da tribo chegaram na OCA do pajé para pedirem uma orientação.

- Pajé, como o senhor sabe nossas tribos estão morando juntas e queremos saber se há um modo da gente conviver em harmonia.

O pajé ficou contente ao observar a vontade que os chefes das tribos tinham em melhorar o dia-a-dia deles e de seus irmãos, e disse:

- Há um modo si. Vai precisar de muita dedicação e trabalho. Você chefe da tribo EPO vai subir na montanha mais alta e buscar uma águia apenas com uma rede e trazê-la viva para mim. Você chefe da tribo ETATA vai buscar apenas com uma rede um gavião que mora lá aonde a cachoeira nasce e trazê-lo vivo para mim. E você chefe da tribo TUQUI-TUQUI vai buscar no oco da maior árvore da floresta e trazê-la viva para mim. Todos vocês devem trazer os pássaros daqui a três dias.

No dia combinado os chefes das tribos estavam na frente da oca do pajé com os pássaros.

- e agora, pajé? O que faremos?
- peguem esse cipó e amarrem os pés dos pássaros, depois deixem que voem.

Os pássaros com os pés amarrados não conseguiram voar, no máximo deram pequenos pulos. Irritados começaram a se bicar até se machucar.

O pajé soltou os pássaros e foi uma alegria no coração de todos os presentes ver os pássaros voando livres.então, o pajé disse:

- é preciso respeitar as diferenças entre vocês, para que possam voar um ao lado do outro, aprendendo um com o outro, sem estarem presos ao orgulho e a ignorância, para que não nos machuquemos. Para voar é necessário estar livre”.

Fizemos, então, em agradecimento, uma homenagem ao pajé. Cantamos:

Passarinho bonito, fez um ninho de barro
Deve ser o joão, joão de barro
Sabiá laranjeira tem o peito dourado
Voa canta canção para a irmandade
Queria ser passarinho
Pra poder olhar pra baixo
Ver tudo pequenininho
Casa, cavalo, riacho.

As crianças ainda quiseram cantar Meninos e, assim, a cantoria continuou.

Saímos da “oca do pajé”.

Pois é, as tribos viviam cada vez mais em harmonia, já se reconheciam como uma única tribo. Dentro de uma tribo, apesar de falarem a mesma língua, cada pessoa, tem um modo único de falar, um jeito único de ser. Como nós, por exemplo todos temos nariz, mas cada um tem um nariz diferente, não é?
Então, agora vamos imaginar que somos um instrumento musical, e cada um vai criar um som que somando aos sons dos outros, vai gerar uma grande orquestra”

Fizemos a brincadeira. Fizemos música.
É preciso afinar nossos instrumentos para que toquemos em harmonia conosco e com nossos irmãos.

E aí? De hoje o que vão guardar na mochila do coração?

As crianças falaram. Olha só algumas falas que surgiram:

Se eu guardo algo que gostei dessa aula e depois conto pra minha mãe ela também pode guardar na mochila dela, né?”

“Por exemplo: Ju você gosta da Bruna? Bruna você gosta da Ju? Ju você pode guardar a Bruna na mochila de seu coração?”

E a mochila é infinita, assim como nosso coração. Cuidemos dela.

Pra terminar: abraço coletivo!rs.

Quanta coisa, não?

Dia muito bom! Saímos todos felizes, sentindo que nossa mochila estava um tanto mais repleta de boas coisas! Viva!

Bruna
Juliana

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Aula do dia 07/10/07 - Respeito ao próximo / Respeito às diferenças

Dia de céu azul e borboletas...


Educadores presentes: Lili e Rafael
Participação Especial: Lucimara
Alunos: Maria Clara, Vitor, Mayara, João, Felipe, Rodrigo, Mariana, Vitória e Larissa

Local: Espaço Curumim.
- Aquecimento e alongamento em roda. Uma boa espreguiçada para o sono ir embora!
- Reapresentação dos participantes. Com objetivo de trabalhar a memória e promover o entrosamento com as crianças e educadores que ainda não haviam participado do encontro.
Local: Fora da sala, caminhada pelo sítio.
Metodologia: Para seguir o percurso foi pedido, pelas crianças, a brincadeira siga o mestre. E assim fomos, brincando, respeitando as regras da brincadeira e fazendo pequenas paradas.

O intuito dessas paradas era observar que em tudo há diferenças e que estas são importantes, pois garantem um equilíbrio harmônico, na natureza e em nossa vida. Então observamos a natureza, os animais e os diferentes trabalhos que são realizados no sítio. Um deles foi o trabalho da composteira, onde pudemos conhecer um pouquinho e buscar a Lucimara para outra dinâmica.

- Olá Lucimara, você mora na composteira?
- Hum... Isso tem cheiro de pêra!!! (Risos)

Local: Casa de Feitio
Dinâmica: Saber ouvir
Metodologia: No primeiro momento, em dupla, uma pessoa seria A e a outra B. Uma contaria para a outra o sonho de sua vida e o explicaria. No segundo momento a pessoa A contaria novamente o seu sonho pra a pessoa B, que desta vez não daria atenção devida à pessoa A, então faria de tudo pra não prestar atenção.

O objetivo é mostrar que é importante saber ouvir. A escuta deve ser atenta, para assim ser reflexiva e poder valorizar o que está sendo dito.

- Não gostei desta conversa! Parece que estou falando sozinha!

Dinâmica: Saber ver
Metodologia: Dentro de um círculo o grupo caminharia de um lado para o outro com as mãos na testa, de maneira que fosse possível olhar apenas para o chão. Depois deveriam caminhar com as mãos abaixo dos olhos, de maneira que fosse possível ver de forma horizontal. Neste momento três pessoas do grupo andariam abaixadas no meio do espaço.

O objetivo é perceber que para não “tropeçarmos” uns nos outros é necessário tentarmos enxergar a diante e não manter um único foco de visão. Devemos tentar observar as coisas de várias formas e podemos aprender isso com o outro, ao nosso lado.

- Ai! Você pisou em mim! (Risos)
- Nossa! Que cabeça dura Rafa! (Risos)

Dinâmica: Saber falar
Metodologia: O grupo se dividiria novamente em dupla ou trios e em seguida cada componente do mini-grupo faria escolha de 5 palavras, que deveriam ser guardadas na memória. Depois, ao mesmo tempo, as pessoas do grupo diriam as 5 palavras, o mais alto e mais rápido possível. E por fim, todos em roda, repetiriam o exercício.

O objetivo é mostrar a importância da fala. A fala só é entendida quando ela possui a clareza de suas idéias, a paciência de sua explanação e o respeito à fala do outro. Sem isso não há como entendê-la, nem por parte de quem fala, nem por parte de quem tenta escutá-la.

- Bonec... Telh... Brin... Cad... Dad... Barata!! risos
- Hahahahahaha! Não entendi nada!

Dinâmica: Nó
Metodologia: Todos ficariam dentro de um círculo, que não poderia ser ultrapassado. Dentro dele uma roda seria formada. Cada um na roda deveria gravar quem estaria a sua direita e quem estaria a sua esquerda. Em seguida uma música seria tocada e todos caminhariam no espaço permitido. Até que... Estátua! Ninguém mais poderia se mexer. O primeiro desafio era tentar dar a mão para as pessoas quem estavam ao lado de cada integrante do grupo. Porém, com as mãos dadas percebemos que um nó havia se formado. O segundo desafio seria desfazer o nó.

O objetivo é promover o apoio mútuo e o diálogo. Através do diálogo foi possível chegar a um consenso para resolver a situação e desfazer o nó.

- Xiiii... E agora?

Neste encontro o foco foi trabalhar, de maneira divertida, caminhos para uma boa comunicação, que nunca se faz sozinho, mas sempre com o outro. Sabendo respeitar o tempo de cada parte do diálogo, entendendo o ouvir, o falar e o compartilhar as diferentes formas de ver as coisas.

Abraço coletivo, beijos e até a próxima!
Lili
Rafael

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Coral Sessão Festiva de Mestre Francisco e aniversário do Mestre Guardião

As crianças deram um show e emocionaram os discípulos e visitantes que estavam presentes na sessão do dia 06/10, em que foi comemorado aniversário do Mestre Rogério e também foi homenageado o Mestre Francisco de Assis.
Os curumins cantaram "Meninos" e dizeram efeitos com os paus de chuva que eles mesmos confeccionaram na oficina que o Fabiano ministrou.
Haja talento!!!!
Grata à Gyselle, Dafne, Cibele e Mestra Ana que ensaiaram as crianças, à orientadora Lucia que confeccionou as batas e a todos os pais que auxiliaram.

E depois dessa festa toda... aquela soneca gostosa!!!!

abs,
Bruna

Oficina de Pau de Chuva - 30/09 (atividade extra)

Hoje realizamos uma oficina de construção de um instrumento musical, o PAU DE CHUVA.

Educadores: Fabiano, Bruna e Dafne
Alunos: Vitor, Felipe, Vitória, Larissa (filha da Sandra), Larissa (filha da Dani), Mirella, Fernanda, Ana Clara, Mariana, Lucca, Caio, Camille, Ana Julia, Mayara e Sandra.
Materiais utilizados: tubos de papelão, alfinetes, tintas, pincéis, grãos (arroz, feijão, soja, milho), pedaços de papelão, cola quente.
Local: Casa de feitio


Com essa oficina pudemos aprender a História do Pau de Chuva: ele funcionava como um mensageiro para chamar a chuva...


Também pudemos examinar a importância de cada parte no todo (como um grão de soja é pequenininho, mas com um montão fica grandão... rsrsrs). Comparamos isso com exemplos da natureza... a planta precisa de água, terra, sol e nos dá beleza, alimento, e mais um tanto de coisas boas...

Falamos também do diálogo com a natureza...
O que o vento te traz? harmonia, calma
O que a chuva te traz? calma, refresco, purificação
E o sol de cada dia? esperança, alegria
E a lua? serenidade
E quando vc vê uma árvore balançando suas folhas? flexibilidade


As crianças também trouxeram a história da formiga e da cigarra para falar da cooperação e também aquela história do passarinho que queria apagar o incêndio da floresta levando água no bico, isso para mostrar como é importante cada um fazer a sua parte para um mundo melhor...


Nossa oficina terminou com a confecção de 5 paus de chuva, feitos com o auxílio das crianças... ficaram muito bonitos, colorido e com um som muito gostoso...
Ah... e os curumins vão usá-los na apresentação da sessão festiva de Mestre Francisco.
E quem quiser ver essa obra de arte é só procurar por um curumim lá no Espaço Curumim...

abs,

Bruna, Fabiano e Dafne