A corrida de toras é praticada por muitos povos indígenas do Brasil. Para cada povo ela é realizada num contexto diferente, mas para todos possui um significado espiritual.
O povo Krahô, do Tocantins, pratica a corrida entre homens, mulheres e crianças. Cada participante esforça-se ao máximo ao longo de trechos curtos em que a pessoa leva sobre os ombros uma enorme e pesada tora feita na maioria das vezes de buriti. Em seguida a tora é passada para os ombros de alguma outra pessoa de seu "time". Desta forma cada participante observa bem os seus companheiros e vão conhecendo um ao outro para saber o momento que devem se aproximar para trocar a tora. Além disso, quando um corredor, com a tora ao ombro, percebe que o rival, que está com a outra tora, é seu hõpin (um amigo ritual), não pode correr muito, para não fazer seu amigo se cansar.
Essas toras muito pesadas são levadas pelos corredores ao longo de caminhos que terminam no centro da aldeia. A idéia é que os dois times cheguem juntos no final do trajeto, no menor tempo possível.
É um esporte praticado para fortalecimento físico e também espiritual do povo, pois trabalha a cooperação, a determinação e a generosidade.
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